domingo, 2 de setembro de 2012

As 10 melhores crônicas

Dentre as crônicas selecionadas para a escolha da Comissão Julgadora Escolar, as 10 abaixo passaram na primeira etapa.

Raízes de Cimento - Otávio (8ªA)
A Primeira Folha - Eduarod (8ªA)
Livros - Bruno Til (8ªA)
Aqueles Livros - Pedro (8ªA)
Por quê? - Andressa (8ªA)
Destino - Jean (8ªA)
Salve o mundo - Ruan (8ªB)
Um minuto de descanso - Vanessa (8ªB)
Consciência - Elis (8ªB)
O Balanço - Christopher (8ªB)

Dessas dez, por eliminação, selecionaram-se três crônicas, a que ficou em 1º lugar foi enviada à etapa Municipal:



1º lugar - O Balanço










2º lugar - Salve o Mundo









3º lugar - A Primeira Folha

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Comissão Julgadora Escolar

Nossa comissão julgadora já foi criada e já está trabalhando na leitura e avaliação dos textos, ela está composta pelas seguintes pessoas:

Mário Maestri, Diretor da escola.
Janete Adriano Kupper e Wealth Francotti, Coordenadores Pedagógicos
Nadir Boing Maestri, Professora de Matemática
Ligia Dalmarco, Secretária
Viegas Fernandes da Costa, Escritor e Historiador

As crônicas pré-selecionadas já foram enviadas para a comissão, que escolherá, segundo os critérios estabelecidos, um dos textos para ser enviado à Etapa Municipal.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Material da OLP

Como pode ser observado, os textos referentes ao gênero crônica já estão praticamente prontos, mas é com pesar que registro aqui o fato de que até a presente data a E.E.F. Paquetá ainda não recebeu o Material de apoio da OLP que contém os cadernos com as sequências didáticas e os CDs. Fico imaginando se tivéssemos esperado pelo material, quando teríamos tempo de realizar todas as atividades que já foram feitas até agora. Sei que há uma versão on line e foi por ela e pelas da edição passada que me guiei, mas acredito que um projeto que prevê a entrega desse material deveria ao menos cumprir prazos e datas como nos são cobrados, afinal, isso é uma questão de planejamento, não é mesmo?
Professora Luzia Pivetta

terça-feira, 17 de julho de 2012

1ª versão digitada

A primeira versão das crônicas produzidas pelos alunos das 8ªs séries já foi digitada, assim que os textos forem revisados pelos colegas partirão para a fase de reescrita. (a ideia é dar o texto, anônimo, para um colega da turma ler, corrigir, e dar uma nota, de acordo com uma tabela avaliativa).




TABELA AVALIATIVA UTILIZADA PELOS ALUNOS:


quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Espaço da cidade: isso dá crônica!

Os alunos das 8ªs séries já começaram suas primeiras produções do gênero crônica, depois da saída a campo juntamente com a disciplina de Geografia e dos registros realizados no dia do passeio, eles escolheram as fotos que retratavam algum detalhe (abrangente ou específico) da cidade e estão produzindo seus primeiros textos. O trabalho só está começando, mas ao menos consegui motivá-los com a ideia de produzir uma crônica a partir de um click.







segunda-feira, 18 de junho de 2012

Recado ao Senhor 903

Crônica que serviu de mote para várias discussões entre os alunos: Recado ao Senhor 903 (Rubem Braga), Abaixo interpretação do texto.


Vizinho –
 Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45,  explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15  deve deixar o l783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
 ... Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou”. E o outro respondesse: “Entra, vizinho e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela”.
 E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.

 
Questões:


1- O texto está escrito em forma de:
a) (   ) carta
b) (   ) conto
c) (   ) bilhete

2 – “Quem fala aqui é o homem do 1003”. O número 1003 indica o quê?


3 – Por que o autor resolveu escrever ao seu vizinho?

4 – No decorrer do texto ele faz uma promessa. Qual é?


5 - “... 0 903 precisa repousar das 22 às 7, pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305.”
            Com base na frase acima, relacione as colunas abaixo, escrevendo dentro dos parênteses da 2ª coluna o número correspondente à 1ª.

(1)903                                    (   ) nº do prédio onde moram.
(2)783                                    (   ) nº de um ônibus.
(3)109                                    (   ) nº do apartamento do vizinho.
(4)8:15                                   (   ) nº do prédio onde o vizinho trabalha.
(5)305                                    (   ) horário em que o vizinho deve repousar.
(6)22 às 7                               (   ) nº da sala em que o vizinho trabalha.
(7)527                                    (   ) horário do ônibus.

6 - Qual é o tema da crônica de Rubem Braga?

7 - Que efeito o cronista proporciona ao utilizar frases conhecidas como: "o regulamento do prédio é explícito", "quem trabalha o dia inteiro tem o direito ao repouso noturno"?

8 - Por que o cronista recorre ao uso exagerado de números como na frase do exercício 5?

9 - Identifique na crônica a oposição, o contraponto que há entre a existência social, extremamente ordenada, e a existência natural.

domingo, 10 de junho de 2012

Leitura de crônicas - conhecendo o gênero

Os alunos das 8ªs séries têm feito leituras de crônicas para familiarizar-se com o gênero, o autor Fernando Sabino foi escolhido neste primeiro momento e os alunos fizeram a leitura e interpretação de 3 crônicas dele, que seguem abaixo:

Como comecei a escrever

Quando eu tinha 10 anos, ao narrar a um amigo uma história que havia lido, inventei para ela um fim diferente, que me parecia melhor. Resolvi então escrever as minhas próprias histórias.
Durante o meu curso de ginásio, fui estimulado pelo fato de ser sempre dos melhores em português e dos piores em matemática — o que, para mim, significava que eu tinha jeito para escritor.
Naquela época os programas de rádio faziam tanto sucesso quanto os de televisão hoje em dia, e uma revista semanal do Rio, especializada em rádio, mantinha um concurso permanente de crônicas sob o titulo "O Que Pensam Os Rádio-Ouvintes". Eu tinha 12, 13 anos, e não pensava grande coisa, mas minha irmã Berenice me animava a concorrer, passando à máquina as minhas crônicas e mandando-as para o concurso. Mandava várias por semana, e era natural que volta e meia uma fosse premiada.
Passei a escrever contos policiais, influenciado pelas minhas leituras do gênero. Meu autor predileto era Edgar Wallace. Pouco depois passaria a viver sob a influência do livro mais sensacional que já li na minha vida, que foi o Winnetou de Karl May, cujas aventuras procurava imitar nos meus escritos.
A partir dos 14 anos comecei a escrever histórias "mais sérias", com pretensão literária. Muito me ajudou, neste início de carreira,ter aprendido datilografia na velha máquina Remington do escritório de meu pai.  E a mania que passei a ter de estudar gramática e conhecer bem a língua me foi bastante útil.
Mas nada se pode comparar à ajuda que recebi nesta primeira fase dos escritores de minha terra Guilhermino César, João Etienne filho e Murilo Rubião -- e, um pouco mais tarde, de Marques Rebelo e Mário de Andrade, por ocasião da publicação do meu primeiro livro, aos 18 anos.
De tudo, o mais precioso à minha formação, todavia, talvez tenha sido a amizade que me ligou desde então e pela vida afora a Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, tendo como inspiração comum o culto à Literatura.

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 4 - Crônicas", Editora Ática - São Paulo, 1980, pág. 8.


A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

Texto extraído do livro
"A Companheira de Viagem", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.

A propósito, há um curta-metragem baseado nessa crônica que pode ser visto abaixo:



O Homem Nu

Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa.  Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.   Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.  Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...  Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não!  — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.  Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador.  Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer?  Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso.  — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.

Esta é uma das crônicas mais famosas do grande escritor mineiro Fernando Sabino. Extraída do livro de mesmo nome, Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 65.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Crônicas nas 8ªs

O trabalho com crônicas nas 8ªs séries já está acontecendo, primeiro, leitura de crônicas na biblioteca, depois os alunos ouviram a crônica de Machado de Assis "O Nascimento da crônica" e discutiu-se sobre as possibilidades de as crônicas terem surgido da conversa de duas vizinhas que relatavam, de suas janelas, os fatos do dia. Na sequência, leituras no livro didático: uma notícia e uma crônica sobre o mesmo assunto. "Torpedos" de Moacyr Scliar. E por fim, a entrevista abaixo foi assistida pelos alunos.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Leitura de textos bibliográficos

Os alunos das sétimas A e B leram e fizeram a compreensão de três textos bibliográficos contidos no livro didático de Língua Portuguesa "Português - A Arte da Palavra", adotado na rede pública municipal de Brusque. O objetivo é manter o primeiro contato com um texto bibliográfico e perceber sua estrutura.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pedro Pet Plástico

Oficina OLP. A partir de um livro de imagens, eis que surge um poema.

Grupo: Alessandra, Alizeti, Ana Luiza e Luzia

Todo dia Pedro passeava
E via as crianças brincando
E enquanto o tempo passava
Ele continuava andando.



Algo lhe chamou atenção
Garrafas no meio da rua
O que aguçou a imaginação
com uma ideia toda sua.

Levou as garrafas para casa
e começou a criar
Logo um robô da nasa
Apareceu para brincar.

Lá foi para o computador
Com a amiga conversar
E contou que era inventor
E a ideia queria compartilhar.

A amiga também quis criar
E um brinquedo inventou
Um coelho para brincar
E com uma coroa a cabeça enfeitou.

Pedro, um morcego imaginou
E foi logo começar
Seu amigo o ajudou
E muitos morcegos começaram a voar.

Os brinquedos de pet
Fizeram sucesso
Os amigos do moleque
Também tiveram progresso.

Cada dia aumentava
A criatividade dos moleques
E Pedro os ensinava
Como reutilizar as pets.

E os brinquedos comprados
perderam lugar
E foram trocados
pelos que acabavam de inventar.

Nossa formação

A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro (Olimpíada) desenvolve ações de formação de professores com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.
A Olimpíada tem caráter bienal e, em anos pares, realiza um concurso de produção de textos que premia as melhores produções de alunos de escolas públicas de todo o país. Na 3ª edição participam professores e alunos do 5º ano do Ensino Fundamental (EF) ao 3º ano do Ensino Médio (EM), nas categorias: Poema no 5º e 6º anos EF; Memórias no 7º e 8º anos EF; Crônica no 9º ano EF e 1º ano EM; Artigo de opinião no 2º e 3º anos EM. Nos anos ímpares, desenvolve ações de formação presencial e a distância, além da realização de estudos e pesquisas, elaboração e produção de recursos e materiais educativos.

Uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec — Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária,  a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro tem como parceiros na execução das ações o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Canal Futura.


Fotos da formação da OLP que aconteceu nos dias 21 e 22 de maio de 2012.